Eu sei que você vai ler até o final.

Nesse momento eu posso sentir você me desafiando te surpreender com as palavras, na espera de ler apenas coisas óbvias ou ditas por você mesmo. Chego a rir em imaginar a sua expressão curiosa e desconfiada nesse momento, o leve sentimento de revolta por saber que eu te conheço bem mais que você imagina. E nesse momento você pensa em desistir de ler, pois está achando a mesma palhaçada de sempre. É difícil pra você acreditar que quem está te desafiando sou eu, que aquela mulher que sempre foi atraente pra você, hoje é muito mais. A diferença é que ela não é mais sua e porque você escolheu assim. Você está nesse momento querendo dizer a si mesmo que é ridículo tudo que está lendo, mas eu te pergunto: porque você não parou de ler ainda?! Você está gostando desse jogo. Você sempre gostou de tudo que te desafiasse. E você não vai dar o braço a torcer. Você não vai dizer pra ninguém que esteve aqui, nesse momento, fitando minhas palavras e se sentindo atraído por elas. É, meu bem, aquela mulher que você achou que viveria dentro de uma concha não existe mais, é difícil acreditar, aceitar e admitir que eu sou como você sempre quis. E eu duvido, duvido mesmo que em noites vazias, que quando toca aquelas nossas músicas, que ao sentir meu perfume no ar, você não permaneça imóvel relembrando meu sorriso, meus olhos te olhando, meu calor te aquecendo. Eu sei que você ainda não me esqueceu e que isso te revolta muito, que você quer acreditar que o que você está vivendo agora é mais valioso que o que você viveu comigo. Você está com raiva, está confuso, né?! Querendo me atacar com palavras nesses momento. Eu sabia que você permaneceria aqui, que isso iria prender sua atenção. Isso só mostra que aquilo que vem de minha pessoa, faz diferença pra você. Eu ainda sei como te prender a atenção, ainda sei fazer com que você seja meu.

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De minha própria autoria.

Dé Godinho.

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