Magia
Por Manueli Dias
Era mais um final de
tarde no coffee, algumas pessoas saiam e outras chegavam. Carol, era uma das
que chegavam, era a segunda vez que ia àquele lugar. Se apaixonara pelo café de
sabor e cheiro incontestável, além do ambiente agradável.
- Moça? Essa agenda é
sua?!
Carol não tinha ouvido
as palavras ditas de fato, e sim, o som, a vibração sonora daquela voz grave e
ao mesmo tempo suave. Seus olhos encontraram-se com os dele, e ela não
conseguiu mais pensar, muito menos falar.
- Moça? Moça... está
tudo bem?
- Ah, ér... sim?!
Ele lhe abriu um
sorriso que fez seu coração pulsar lento e intenso.
- Essa agenda é sua?
- Ai meu Deus, como sou
distraída, é sim... obrigada. Ér... onde a achou?
- Eu estava saindo e vi
ela cair, não sabia de onde, mas você é quem está mais perto.
- Nossa, obrigada! Você
acaba de salvar a minha vida.
- Ah que isso, foi
apenas uma agenda.
- É a agenda com todos
os dados do meu trabalho.
Se instalou aquele
silencio, qual se torna possível ouvir até o som do coração pulsando. Ele
sorriu novamente e perguntou se podia fazer companhia. Carol prontamente e
ainda encantada disse que sim, eles conversaram, ela descobriu que o nome do
rapaz bonito e inteligente era Marcelo, ele, lhe deu opinião sobre o melhor
café daquele lugar, falou sobre a cidade que para Carol, ainda era uma cidade
estranha, pois havia se mudado recentemente.
- Carol, não se
assuste. Mas, eu gostaria de te ver novamente. Na verdade, se fosso possível,
eu não sairia daqui, muito menos deixaria você ir. Eu gostei de você, e quero
te encontrar outras vezes.
- Marcelo... eu vou
adorar! E você não me assustou, o que pode acontecer, você ser um serial
killer?
Ambos riram e
continuaram a conversa por mais algumas horas. A Carol teve que ir embora, e o
Marcelo que já estava de saída quando a Carol chegou, ainda ficou por mais
alguns segundos ali, sentando, vendo ela ir.
Caminhando para casa,
Carol observava a lua, as estrelas, sentia o vento, os cheiros, via novamente
as cores. Coisas que há algum tempo haviam sido tiradas dela. Era a magia, a
mais doce e pura magia que voltara pra ela.
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