A Bailarina I



Elementada de cores vivas
Secreta baila ao vento
E os sublimes passos
Não são mais que fraudes
Para ludibriar os que a veem...

Elementada de poesia intocável
Flameja pelo ar bailando
Lhe passa um mundo ardido
E no seu rosto o sorriso, o falso sorriso refinado
Do desprezo antes tão odiado, agora bem-vindo...

Pendurada ao ar
Ou presa numa teia de aranha
Lhe fogem as libélulas
Esvoaçam as borboletas
E o bailado se torna dramático,
Vê-se que a liberdade era seu ponto fraco.

Elementada de psicologia
Bailando pelo ar, contagiando a todos
Com sua alienação animalesca carnívora
Dança sem melodia, fúria imperando no ar.

Sobe ao chão e desce aos céus
Imerge no Elísio e procura redenção
E o pior de todos os ácidos, já lhe corroeu o coração.

- Manueli Dias

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1 Comentários

  1. Belíssimo poema Manu! Daqueles que dá vontade de bailar enquanto se lê!
    Amei! =D

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