Nunca foi um
problema ficarmos calados um ao lado do outro. Muitas vezes, isso era o que
tínhamos de melhor, chegava a ser passivamente proposital. Trocávamos palavras
através dos olhos, por sons que só podiam ser ouvidos pelo coração. Não foi
este silencio que nos alvejou.
O réu, foram as
horas que passaram e nossos olhos não sabiam mais se comunicar, o coração já
não entedia o que eles não falavam. A culpa é nossa, sem estrelas, borboletas,
flores ou balões de corações. Fomos nos largando ao acaso, nos largando por
pedaços tão minúsculos, que nem percebemos e, quando percebemos, já havia um
espaço tão cheio de nada, que nem mesmo os carinhos, os suspiros, os devaneios,
os beijos seriam capazes de preencher. Foi uma espécie de cansaço que se
instalou em nosso silencio.
Esse silencio
que se formou entre nós é diferente daquele bom, qual fomos acostumados a
cultivar, este de agora, é pesado e soberano, bastante imperativo, até sufoca.
Não tem mais palavras vindas do teu olhar, apenas meus pensamentos perdidos,
ora tentando entender como, ora pedindo para que algo seja feito. Mas,
sinceramente e aqui entre nós, não queremos mais isso, certo? O Silencio, as
flores, as canções, os balões... falando por mim, meu corpo não quer mais o
toque sutil da tua pele.
O silencio que
aconteceu, tratou de asfixiar o nosso querer. E isso é o mesmo que matar o
amor, isso é de uma crueldade e covardia gritante. Mas, para falar a verdade,
você não ligou, eu também não. Deixamos de ser pessoas que se completam, e eu
me pergunto; quando e como aconteceu.
Entenda que meu
sentimento foi verdadeiro e perdura, mas... esse silencio é diferente e eu não
quero continuar aqui.
Manueli Dias
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