As pedras que Drummond colecionou!


Era um rapaz que veio caminhando e tropeçou em um poema,
mas ele acreditou ser o poema uma pedra.
O rapaz olhou e zangou-se, pensou em pegar a pedra e atira-la ao longe!
Mas, não era pedra, era poema!

E o poema tinha o poder de lhe ferir;
fosse pelo descaso, pela cegueira ou apenas pelo desespero.
Então o rapaz apanhou a pedra e guardou no bolso do paletó,
aquele bolso que fica perto do coração,
e desejou que tropeçasse em poemas não em pedras.
Mas, não era uma pedra, era poema!

E ao longo do seu caminho em outros poemas ele tropeçou,
sempre zangava-se acreditando estar colecionando pedras!
Às vezes, pedia com fervor para que tropeçasse em poemas, e que quando acontecesse,
olharia para o poema e pensaria: “no meu do caminho, sempre terá um poema. ”




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