Ah Mãe, peço-te licença para em teu nome poder
fazer poema
Não que eu seja grandiosa nessa arte, mas é que
hoje,
despertaste em mim as tempestades.
Um raio fulgura no céu, e o trovão ecoa em mim,
explosão sem fim dos sentimentos tão confusos e presidiários daqui, coração
Espasmos trêmulos de luz, que propagam-se
incansavelmente e seduz,
céu em cores e vozes aviva-se!
Ah, são os ventos de norte e sul revirando tudo
de mim, amor
Verga os bambus, levantam as folhas do cômodo
chão, volvem-se,
remexem, bailam fragmentos pelos ares.
Agitam-se até a copa
das arvores silenciosas.
São os ventos e trovões que abalam até as rochas,
tremem os troncos fincados ao aterro de ferro...
o céu sacode e uiva além
montes;
Eu vacilo, retraio, hesito e me jogo ao teu
abrigo, o coração palpita!
E cada batida é o ecoar dos teus trovões.
Tudo é
tremor, até a terra racha-se sob teu poder.
E caímos, até teu sopro nos levitar
outra vez.
E no fim, o que vem é água... para lavar e deixar
apenas o que for essencial e verídico.
Depois o sol, para secar o que de ruim
as águas do naufrágio levaram.
O que agora espero, é a próxima tempestade!
0 Comentários
Obrigada pela sua visita!
Ficaremos muito felizes com teu comentário!
Att,
Nós, Poéticos e Literários!
nospoeticos@gmail.com