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A sociedade brasileira considera-se uma instituição que ensina seus jovens adolescentes de forma plena. É lamentável, mas não ensina. Não se pode pregar valores a indivíduos que não desejam aprender. Piaget, grande pesquisador da educação disse: " se ensina uma criança até os sete anos de idade". Não há como imprimir conceitos de " bem ou mal, lícito ou não”,bom ou mau”, acima de sete anos. Depois dos sete anos, também chamado pela neurociências de "Período crítico", o que pais e educadores farão, é consolidar o aprendizado inicial. Nossos jovens em fase de botão de rosas " não falam mais". Não expressam o que realmente estão pensando e sentindo. Não cultivam ou valorizam a EMPATIA sincera pelo outro. Algumas vezes são cruéis com seus amigos e familiares. Muitos adolescentes, não são todos, representam hoje uma geração vazia, indiferente, arredia, senhores de si (sem nem ter vivido experiências suficientes para embasar suas palavras). O maior problema é "a expressão psíquica" deles. Parte da geração está doente porque não falam. São punidos, não orientados na proporção de aceitar que limites são parâmetros que garantem a sobrevivência de uma espécie. Os animais na selva respeitam os limites da natureza. Alguns jovens hoje, vivem para usufruir de seus pais os prazeres que consideram importantes. Mentem e arquitetam planos de fuga maquiavélicos agarrados a seus celulares, que consideram seu melhor amigo no isolamento do "quarto do pânico" existencial. Podem passar por cima de autoridades familiares e educacionais com 12 a 16 anos com a maior naturalidade. Tudo para ser livres. Estar na rua a qualquer preço. As famílias por mais que sejam adeptas da tal " boa educação", irão sucumbir possivelmente em nome do desejo da tal liberdade. Independente da classe social a que pertencem. Se a Educação do lar e da escola não for contrabalançada seriamente com a valorização e o respeito aos limites, teremos a sociedade do caos. O caos do lar, o caos da escola, o caos pessoal, o caos social e humano. O Brasil poderá vir a ser um país de grande caos psíquico, comportamental, e social. As rosas tem espinhos, e algumas famílias descobriram um modo de fazer exalar a beleza delas. E o fazem porque deixam seu adolescente falar... Fizeram seus filhos e filhas acreditar que limite e respeito são muito importantes. Que é preciso dar valor a uma vida com limites. A família e a escola precisam aprender a ouvir para analisar, perceber, interpretar e refletir para conhecer o indivíduo adolescente a sua frente. Para ao tomar decisões, confiar desconfiando (pois estão em plena ebulição dos hormônios). Infelizmente faz_ se necessário DESCONFIAR com muita sabedoria, inteligência, sutileza e amor. As rosas não falam, elas exalam o perfume que receberam de suas famílias desde botões em flor. Cuidem de seus botões para que não se destrua a sociedade e o nosso país nos anos vindouros.
POSTADO POR: Rosana Andréia da Silva Soares é de Cabo Frio/Rio de Janeiro. Amante da literatura, nasceu em 21/07/1967. Formada em letras pela Ferlagos. Professora há 34 anos na rede pública de ensino da Região dos lagos.Pós-graduada em Coordenação Pedagógica pela UFRJ e Educação Infantil pela UCB. Já participou de várias antologias literárias nacionais e internacionais. Também participou da décima sétima Bienal Internacional do livro com a obra Confissões de Leila Márcia, de diversas feiras e festas literárias. É artista plástica, palestrante, contadora de histórias e autora de obras poéticas e em prosa. Coordenadora do Núcleo de leitura Adélia Prado- Cabo Frio.É acadêmica da ALeART- Academia de Letras e Artes da Região dos Lagos e da ACL- Academia Cabo-Friense de Letras.
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