Além de nós, uma reflexão de Marcus Vinícius

Além de nós

Imagem de Jackson David por Pixabay 


Ao caminhar todos os dias, sempre me deparo com situações horríveis. Homens vagando sem rumo, pelas ruas frias. Mulheres caminhando a esmo, por vielas esquecidas. Crianças chorando, por infâncias destruídas. Um cotidiano sombrio me acompanha, em meio à escuridão dessa realidade doentia.

Mesmo assim, com uma esperança isolada, me disponho a contribuir com essas almas sofridas. Uma batalha perdida? Talvez. Mas, sei que sempre continuarei, até que o meu sonho deixe de ser uma ideia solitária, e a sociedade comece a sentir as dores dessa parcela vazia.

Uma luz insiste em iluminar, rompendo os muros sólidos, que a querem impedir de passar. Esse brilho eterno, teimoso... Puro e bondoso. Irá persistir, por mais que a batalha seja árdua. Pois, além de nós, há aqueles que clamam por um espaço nesse organismo insano, que nos obriga a seguirmos andando, por pensamentos angustiados... Tiranos.

Saindo de um egoísmo intransponível, insaciável, devemos reger as mazelas que sangram, por veias alheias, até estancarmos a sua perversidade repudiável. 

Assim, acharemos a cura para os corpos sofridos, que experimentam às suas existências vazias, despejados em oceanos de tempo, sem uma mão solícita, para que possam segurar, e dizer: - Muito obrigado, meu amigo...






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