Janelas I


Da Janela

Vejo os carros que passam,
O avião cortando os céus,
Aquela moto feia soltando fumaça.
Vejo mãos acenando, pessoas falando.
Despedidas acontecem, lagrimas caem.
Alguns se vão e outros vão ficando.

Vejo o caminho tão longo
Pés brincando
Tantas pedras que nem conto
Tantas flores, tantas dores.
Da janela eu vejo passos.
Os teus e os meus passos.

Do espelho que reflete a janela
A vergonha, a tristeza e o medo.
Olho e vejo além do mesmo
A verdade, a coragem e o respeito.

Vejo a vida acontecer
Olho as pessoas olharem a vida pela janela
Tantos carros, bicicletas e motos,
Tanta gente, tantas casas, tantas vidas.
Olha o Sol, quão belo hoje está.
E a Lua, não poderia está mais linda!

Olha a vida de dentro dela
As coisas mais belas
Viva a vida sem pressa
Mas não perca os momentos.

Saia da janela e vem pra fora
Olha o tempo que passa
Se a gente não vive, perde-se a graça.
Olha o caminho, os obstáculos da estrada,
Tome cuidado, lamentar não leva a nada.
Não se arrependa, extravase o sentimento.

Não jogue fora seus defeitos
Não superestime suas qualidades
Tenha um amor, um amigo.
Um escudo, uma espada, um porto seguro.

No fim, da janela se vê:
Que a felicidade se dá ao longo da vida
Não está na chegada
Muito menos no ponto de partida.

Manueli Dias, 2014

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1 Comentários

  1. Que beleza de poesia Manu!!!!
    Sempre bom demais te ler!

    Um beijo grande minha flor!

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