Ciscos

Oi gente! 
Sábado passado foi o dia daquele jogo sofrido do Brasil, que quase me matou do coração (e mais um monte de brasileiros junto) e, por esse motivo, nem sequer consegui me lembrar de postar mu texto aqui. Portanto trago ele hoje para devida publicação e apreciação.



Eu não sei bem o que sinto quando olho para você.
Saudade eu não acho que seja, embora não saiba que nome dar a essa sensação de revirar o estômago, quando vejo suas fotos – que ainda não tive coragem de excluir.
Não sei se há esperança de que tudo que a gente teve possa um dia ser retomado. Eu tentei diversas vezes, mas parece que seus motivos para jogar tudo para o alto eram mais fortes do que os motivos para transformar os 12 anos que compartilhamos em 13, 14 ou mais tempo.
É tudo tão estranho e foi tudo tão inesperado, que eu ainda não consigo entender...
E se você voltasse de repente? E se surgisse, por meio de uma mensagem, de uma carta; se aparecesse do nada em frente ao meu portão? Eu não sei dizer como iria reagir.
A cicatriz que você deixou no meu peito ainda arde, e eu não acho que exista remédio capaz de curá-la. Já passei por outra situação parecida e pode acreditar naquela história do cristal: uma vez quebrado, jamais se reconstitui com a mesma perfeição.
Ainda não sei dizer porque suas fotos continuam aqui, ou porque você ainda rodeia meus pensamentos de quando em quando.
Mas posso afirmar que não acredito que haja conserto para nós.
Nosso cristal não foi apenas quebrado, ele foi estilhaçado e o pó que virou foi soprado ao vento.

Talvez o que me incomode sejam os ciscos que sobraram pelo chão...

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2 Comentários

  1. Você com certeza já leu meus pensamentos algum dia Ju! Maravilhoso o seu texto, como todos os outros que já li. ;) Beijoss

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