A vida pede Cores

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A vida não se desenha em 50 tons de cinza. Ela não é a Anastácia Stelle e ele não é o Christian Grey, certo? Então, por que não param de bancar tais papeis?

A pergunta e a comparação podem parecer estúpidas nesse primeiro momento, mas, vejam... Se prestarem bastante atenção poderão perceber algumas semelhanças entre os personagens do livro e cada um deles. 

Ele é o cara que está numa boa, o profissional exemplar, que na vida pessoal não quer nada além de uma relação casual (sem sadomasoquismo, claro!).

Ela a garota romântica, leitora contumaz que tem o coração cheio de ideais e o fogo correndo sob a pele.

O encontro de ambos foi totalmente por acaso, embora não tenha sido por acaso que uma faísca brilhou entre eles. 

A vida, porém, não é um livro, e já é tempo deles perceberem que nunca vão conseguir o que esperam um do outro.

Ele não vai vê-la se tornar uma mulher cem por cento passional, e ela  tampouco irá vê-lo se transformar no homem que sempre imaginou como certo para o seu coração.

Espectadora, eu até lamento isso, pois apesar dessa divergência, o provável é que os dois sejam exatamente iguais nas suas diferenças. Ou não é o carpe diem dele o que se reflete na sede que ela tem de viver?